Por que há tantos conflitos e divergências de opiniões e, consequentemente, separação entre as famílias?
Há uma máxima:
“toda família tem um conflito”.
Por que será?
Segundo a tradição védica, na constituição do nosso falso ego há um misto de bondade, paixão e ignorância. A filosofia védica se tornou autoridade espiritual e fonte de sabedoria no mundo.
O vedas é o mais antigo registro literário da civilização indo-europeia da humanidade. Um conjunto de escritos sagrados que influenciaram costumes sociais, éticos e religiosos e servem de base para as crenças e vivências do hinduísmo.
Segundo o estudo, os atributos da espécie humana estão de acordo com sua maturidade espiritual. Ou seja, cada pessoa possui maior quantidade de um atributo do que de outro, formando assim a natureza, cujo objetivo é ter mais bondade.
Estamos em processo de evolução. Por essa razão, somos submetidos a muitas provas. A família é o núcleo em que na maioria das vezes é manifestada a natureza com uma naturalidade rotineira. Em resumo, todos possuem defeitos e virtudes.
Um olhar mais atento, evidencia que somos muito mais intolerantes com os entes queridos do que com as pessoas fora do núcleo familiar.
Porém, no núcleo família, os defeitos ficam mais evidentes. Tolerar, compreender e perdoar passam a ser os desafios mais aclamados.
Um olhar mais atento, evidencia que somos muito mais intolerantes com os entes queridos do que com as pessoas fora do núcleo.
Logo, é comum a tendência de nos considerarmos juízes, dotados de poder para condenar e julgar de acordo com os padrões tortuosos do critério humano – tão necessitado de conhecimento. Já ouviu a frase “ser juiz em causa própria?”. Claro que razão sempre estará do lado de quem julga.
Fica a questão:
O que fazer no contexto familiar?
O filósofo ateniense Sócrates dizia que era necessário levar as pessoas a conhecerem seus desconhecimentos, “Conhece-te a ti mesmo”. Assim, utilizando-se da problematização de conceitos conhecidos, daquilo que se conhece, percebe-se os dogmas e preconceitos existentes.
Tendo por base esse raciocínio, é válido que, antes de julgar, é preciso primeiro conhecer aquilo que nos constitui como ser humano e tentar revelar quem de fato somos.
Ao melhorar quem somos, melhoraremos os outros sem uma única palavra. Apenas por exemplo. Não apontar a fraqueza do outro em detrimento da nossa própria fragilidade.
Esse é um caminho para tornar a convivência familiar um exercício evolutivo. Tão necessário para lidar com as adversidades apresentadas no mundo em que vivemos.
É no núcleo familiar que se encontra as melhores oportunidades. Onde se pode exercitar as virtudes e combater os vícios, sem medo de errar.
Amais vos uns aos outros.
Eis a primeira lição.
Jesus
Marli Cintra é fundadora do @colegiocertus e co-fundadora do @bodygameoficial.
Escreve sobre Consciência espiritual e Equilíbrio existencial no @sattvabox