O amor pode ser confundido com apego, paixão e com emoções que causam desconforto em vez de paz, ultrapassando a tênue linha dos sentimentos.
A linha entre o amor e as outras emoções parece tênue, mas não é! Há uma diferença significativa entre amor, apego e paixão, embora ocorra uma notória confusão na interpretação destes sentimentos.
Para explicar melhor, no apego um indivíduo situado em Rajas (um dos três modos da natureza) se considera possuidora de coisas e pessoas.
Quando palavras como: Meu, Minha, Nossa são utilizadas enfaticamente, há que se compreender uma expressão de dependência. No entanto, nada no mundo de fato pertence a alguém. Tudo é um usufruto momentâneo.
Na paixão em estado de rajas, o ser humano se devota a coisas. Cria apego aos bens e o prazer está no sentido de obter mais coisas e se apaixonar por elas.
O vazio permanece porque o bem material não troca energia, não tem essência e o prazer do instante logo se extingue. Assim, estabelece um vicioso ciclo de consumo. Ninguém declara ser feliz por possuir. Isso é uma ilusão.
A paixão por outra pessoa pode trazer um desejo de manipular, ou seja, transformar em algo para possuir. Esta é a razão pela qual desenvolve o ciúme – sentimento capaz de cegar e causar muito sofrimento.
Elementos materiais e seres vivos de fato não pertence a ninguém. A consciência desse fato é uma grande libertação.
Como fazer para sair de um ciclo vicioso de paixões?
Alcançando a compreensão de que apenas se é um ser que usufrui do que é necessário para viver e que a aquisição de objetos e coisas prende a pessoa ao mundo material.
É só o amor, é só o amor
Monte Castelo – Legião Urbana
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
…
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria
Os elementos materiais são efêmeros e podem ser reduzidos a pó. Com isso, não devem ser tão valorizados. Apenas usufruir de acordo com a necessidade e não além.
Há pessoas que temem a morte por perder as conquistas da vida.
O sentimento devoção às pessoas, chamado de amor, é necessário o discernimento que as almas são livres e caminham ao lado por vontade própria. A evolução é o compromisso mútuo.
O amor por alguém próximo é exemplo de benevolência ao se estender por tudo e todos.
Amar é sentir paz e encontrar em si ao ponto de emanar ternura com quem convive e harmonia por onde anda.
O amor é a potência da alma. Confundi-lo com a paixão é sinal de estar na fase primária da evolução.
Observe que tudo no mundo é inconstante e o apego as coisas e pessoas somente traz sofrimento e oculta a liberdade a uma existência ilusória.
Encontrar o amor intrínseco é libertador.
“Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
Madre Tereza de Calcutá
Isso é amor!
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Marli Cintra é fundadora do @colegiocertus e co-fundadora do @bodygameoficial.
Escreve sobre Consciência espiritual e Equilíbrio existencial no @sattvabox.